Os usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte enfrentam problemas com os painéis eletrônicos instalados nos pontos de ônibus. De acordo com cálculos do município, pelo menos 70 desses equipamentos não estão funcionando, causando transtornos e indignação entre os passageiros.

A equipe de reportagem percorreu dois locais considerados críticos: a avenida Silviano Brandão, no bairro Horto, região leste da capital, e a rua dos Tamóios, na região central, próximo à Igreja São José. Na avenida Silviano Brandão, em menos de 500 metros, apenas um de quatro painéis estava operacional. Já na rua dos Tamóios, todos os painéis estavam desligados.

Silene de Lima Freire, enfermeira de 51 anos, expressa sua frustração: “A gente aguarda pelo horário do ônibus, né? Aí, então, a gente fica um pouco perdida”.

Impacto no cotidiano dos usuários

Denise Naves, de 62 anos, afirma que o problema persiste há meses: “Atrapalha a gente, porque a gente fica sem saber o horário, se às vezes dá tempo de fazer alguma coisa, enquanto está esperando o ônibus”. Eloá Cristina Figueiredo, de 54 , destaca como a situação afeta sua rotina: “A vida da gente é muito corrida e a gente trabalha com horários. Fica difícil, porque a gente não tem previsão do tempo que vai ficar de espera no ponto de ônibus”.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), em nota, informou que solicitará à Transfácil, empresa responsável pelos letreiros digitais, a manutenção dos painéis eletrônicos. A BHTrans afirma que monitora constantemente o funcionamento desses equipamentos e cobra a manutenção.

Atualmente, a cidade conta com cerca de 700 painéis de mensagens instalados nos pontos de ônibus. Desses, 90% estão funcionando, enquanto os outros 10% (aproximadamente 70 painéis) passam por manutenção. Segundo o município, na maioria das vezes, os painéis são alvos de vandalismo, e em 95% dos casos ficam inoperantes por furto de cabos.