RODOVIA DA MORTE
BR-381: fundo de investimentos 4UM assina nesta semana concessão da ‘Rodovia da Morte’
Empresa assumirá a concessão da rodovia entre Belo Horizonte e Governador Valadares pelos próximos 30 anos
A assinatura da concessão da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, está marcada para quarta-feira (22) e marcará a entrega definitiva da gestão da rodovia mineira ao setor privado.
O trecho, que ganhou o apelido de ‘Rodovia da Morte’ devido ao alto índice de acidades com vítimas fatais, passará a ser administrado pelo grupo 4UM Investimentos. A concessionária venceu a disputa ao apresentar a proposta de desconto com a menor tarifa de pedágio, critério do leilão, com aporte financeiro vinculado à concessão. Isto é, a classificação como a melhor proposta econômica que apresentasse o maior valor de desconto sobre a tarifa básica de pedágio.
A empresa ficará responsável por conduzir obras estruturantes e conservar a manutenção da BR-381/MG, elevando os padrões de segurança para quem trafega por esta estrada.
Melhorias na estrada
O projeto inclui a duplicação de 106 quilômetros de rodovia. O projeto prevê ainda a construção de 83 quilômetros de faixas adicionais, 51 correções de traçado, áreas de escape, Pontos de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros e 23 passarelas para a travessia de pedestres.
Também serão instalados áreas de escape, pontos de atendimento ao usuário com o Centro de Controle de Operações (CCO) e Bases do Serviço Operacional (BSO) para apoio das equipes de atendimento médico de emergência, mecânico e demais incidentes na via.
A assinatura do contrato estava prevista inicialmente para o dia 28 de novembro de 2024, mas a concessionária pediu um prazo extra de 45 dias para apresentar a documentação junto ao governo federal.
A entrega da gestão da BR-381 para o setor privado se tornou uma verdadeira novela para o governo federal e se arrasta desde 2018, quando foram lançados os primeiros planos de concessão. Três tentativas de leiloar a rodovia fracassaram.
Obras e pedágios
No ano passado, o governo retirou do projeto de concessão o trecho considerado mais complexo para a duplicação da BR-381: entre o Anel Rodoviário de BH e Sabará. As desapropriações e obras complexas eram consideradas um entrave pelo setor privado. A responsabilidade sobre as obras no trecho mais complexo estão sob responsabilidade do governo federal.
A previsão é de que no primeiro ano sejam iniciadas as obras de recuperação e correção dos problemas que apresentam maior risco à vida dos usuários. Haverá ainda neste momento a recuperação de toda a sinalização da estrada, fato importante, tanto para quem trafega, quanto para os pedestres.
O projeto prevê a instalação de cinco praças de pedágio: Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares. O valor da tarifa vai girar entre R$ 11 e R$ 13,75.