PERIGO

Chás, sucos e farinhas de plantas: veja os riscos dos tratamentos caseiros contra a diabetes

Remédios naturais - isolados - não são indicados por médicos para o controle glicêmico

Chás, sucos e farinhas de plantas: veja os riscos dos tratamentos caseiros contra a diabetes
Publicado em 17/06/2024 às 14:40

O diabetes é uma das condições de saúde mais comuns na vida dos brasileiros. Nas contas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), são cerca de 20 milhões de pacientes que precisam seguir uma rotina de alimentação e de atenção total com a medicação para melhorar a qualidade de vida. Mas, algo muito comum é que muitas pessoas optam por soluções caseiras e receitas encontradas na internet como tratamento para a doença. No entanto, esse hábito pode trazer riscos aos pacientes. 

Na busca para evitar picos de açúcar no sangue (hiperglicemia), algumas pessoas tentam controlar a glicemia consumindo chás, sucos e farinhas de plantas. O que não faltam são opções para quem quer utilizar esse recurso: ‘insulina vegetal’,  flor de mamão, jambolão, saião ou folha-da-fortuna, Noni, pata-de-vaca e moringa. Outra receita adotada pelos diabéticos é o glifage caseiro, que inclui frutas, folhas e outros ingredientes. 

De acordo com a presidente da Regional Minas da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Flávia Coimbra, as entidades médicas são radicalmente contra esses remédios naturais ou caseiros no combate ao diabetes. “Não tem nenhuma validação científica. É certo que muitos alimentos ricos em fibras são benéficos para o controle glicêmico, mas eles não podem substituir o tratamento principal.” 

Quiabo e berinjela são dois alimentos citados pela especialista neste processo que ajuda a retardar a absorção de açúcar pelo organismo. “As pessoas falam muito na internet, por exemplo, sobre o chá de pata de vaca. Todo chá é benéfico porque ajuda na hidratação e consequentemente, a evitar os picos de açúcar no sangue. Algumas pessoas também tomam o chá de carambola. Mas, é preciso muito cuidado, porque se o paciente também tiver insuficiência renal, por exemplo, ele pode acabar criando mais problemas, já que a fruta tem substância altamente prejudicial ao rins,” explica Flávia. 

Por fim, a médica afirma que o recomendado é o paciente buscar informações com o próprio médico. “É bom conversar com o especialista para saber se o remédio que ele teve acesso é válido para o tratamento. Mesmo que esteja escrito que é natural, é importante verificar se ele tem efeito complementar. A pessoa nunca deve abandonar o medicamento indicado pelo médico e também não deve fazer nada por conta própria”, finaliza.

Medicamentos gratuitos 

O programa Farmácia Popular desempenha um papel muito importante no acesso a medicamentos essenciais para o tratamento do diabetes, oferecendo-os gratuitamente ou com a maior parte do custo coberta pelo governo federal, enquanto o paciente paga o restante. Para obter esses medicamentos gratuitos, os beneficiários precisam apenas ir a uma farmácia credenciada e apresentar a receita médica, um documento de identidade e o CPF. Para pessoas com diabetes, os medicamentos são disponibilizados gratuitamente.

• Cloridrato de metformina 500mg

• Cloridrato de metformina 500mg – ação prolongada

• Cloridrato de metformina 850mg 

• Glibenclamida 5mg

• Insulina humana regular 100ui/ml 

• Insulina humana 100ui/ml

Além disso, outro remédio usado para o tratamento do diabetes tipo 2 e doença cardiovascular é oferecido com o pagamento de coparticipação dos pacientes, ou seja, a maior parte do valor é paga pelo Governo Federal e uma parte pelo paciente, o remédio em questão é:

• Dapaglifozina 10mg