APÓS INVASÃO
Com obras a menos, Museu de Artes e Ofícios, em BH, reabre amanhã
Local foi invadido e teve 17 peças furtadas; somente uma foi recuperada
O Museu de Artes e Ofícios, localizado na praça da Estação, em Belo Horizonte, será reaberto para visitação nesta terça-feira (18 de junho). Após passar por uma invasão seguida de furto no sábado (15), o local volta a funcionar com 16 peças a menos no acervo. O homem que foi gravado realizando o crime foi preso, mas, com ele, só foi recuperada uma das peças.
Para acessar o Museu de Artes e Ofícios, o suspeito quebrou uma vidraça e passou cerca de 10 minutos no local. Imagens de câmeras de segurança que foram entregues à Polícia Militar mostram que ele agiu sozinho.
Peças não têm valor financeiro
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que administra o museu, as obras furtadas são voltadas para a área de carpintaria: como formões, pequenos martelos, canivete e arco de pua. “Essas peças não possuem valor financeiro, e sim histórico e cultural”, ressaltou a instituição por meio de nota.
A investigação da invasão fica a cargo da Polícia Federal, já que o acervo possui tombamento federal. O Museu de Artes e Ofícios conta com seguro para a estrutura de vidro danificada, mas não para as peças, já que elas não possuem valor comercial.
“Desrespeito”, disse fundadora
A fundadora do museu e doadora do acervo, Ângela Gutierrez, esteve no local na manhã de sábado (15). Muito emocionada, ela afirmou estar devastada com o furto. “Um ato de total desrespeito com uma coleção importante, que representa tanto para a cultura mineira e brasileira”, disse.
Segundo Ângela, as peças furtadas são parte de uma coleção que é a única no país e representa as artes e ofícios. “É o começo de tudo, (as peças) mostram como foi duro o trabalho dos homens e mulheres. É um museu que valoriza o trabalho, seja ele qual for”, explicou.
O que diz a Fiemg?
“Na manhã deste sábado, 15/6, o SESI Museu de Artes de Ofícios, localizado na Praça da Estação, em Belo Horizonte, foi arrombado e teve 17 peças de seu acervo furtadas. Estas peças não possuem valor financeiro e sim histórico e cultural. São peças voltadas para área de carpintaria, sendo formões, pequenos martelos, canivete, arco de pua, entre outras. A Polícia Militar foi acionada imediatamente e os órgãos responsáveis estão dando andamento para o ocorrido.”