Com quase 10 mil votos, Edmar Branco é eleito vereador de Belo Horizonte
O líder social Edmar Branco, do PC do B, foi eleito vereador de Belo Horizonte com 9.813 votos (0,81% do total) nas eleições de 2024, realizadas em 6 de outubro, passando a ser um dos 41 integrantes da Câmara Municipal da capital mineira que tomarão posse em 1º de janeiro de 2025. Branco, como é conhecido, conquistou a maioria dos votos no bairro Paulo VI, que está localizado na Região Nordeste da cidade e onde ele mora.
O Paulo VI é um dos 487 bairros de Belo Horizonte, que abriga grande contingente populacional. Conforme o Censo de 2010, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 6.205 habitantes no bairro, entre as 281.507 pessoas que habitavam a Região Nordeste.
Conforme o Censo, dos 6.205 habitantes, 3.008 pessoas eram do sexo masculino e 3.197 integravam a população feminina. Deste total, 67,4% dos habitantes estavam na faixa etária entre 15 e mais de 65 anos de idade.
De acordo com a medição do Centro Comum de Investigação da Comissão Europeia (JRC), em 1975, havia 4.976 pessoas que habitavam o bairro, número que cresceu para 6.706 pessoas em 1990 e 7.382 habitantes no ano 2.000. No ano de 2015, a JRC identificava a presença 7.988 habitantes, que moravam em mais de dois mil domicílios.
LIDERANÇAS PRESTIGIAM FESTA DA VITÓRIA
A festa que comemorou a vitória de Edmar Branco e da população do Paulo VI expressou a representatividade desta liderança social. Branco praticamente repetiu a votação de 2020, quando faltaram poucos votos para sua eleição. Junto à lideranças da comunidade e da Região Nordeste, compareceram líderes políticos relevantes, como o presidente estadual do PCdoB, Wadson Ribeiro; o presidente do PCdoB de Belo Horizonte, Richard Romano, além da consagrada Jô Moraes, que foi vereadora de Belo Horizonte na década 1990, deputada estadual e deputada federal por Minas Gerais.
Destaque para a presença de Maurício Duarte, presidente do Centro de Apoio às Entidades Comunitárias e Sociais (CAECSMG), parceiro constante da Edmar Branco.
ELEITORES NÃO APROVAM MUDANÇA DA BANDEIRA DE BH
No mesmo pleito que elegeu os 41 vereadores da capital de Minas Gerais, a população decidiu, através do referendo popular, por não alterar a bandeira da capital. Segundo apuração pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por volta das 20h, mais de 1 milhão de belo-horizontinos votaram para não alteração a bandeira e cerca de 196,9 mil opinaram a favor da mudança. Neste mesmo horário, 97,31% das urnas já haviam sido foram apuradas.
O idealizador da proposta de nova bandeira, o designer gráfico Gabriel Figueiredo, apresentou sua sugestão em 2022, alegando que a atual bandeira da cidade, que exibe o brasão sobre um fundo branco, é visualmente complexa e não segue princípios adequados de design para bandeiras, como simplicidade e clareza de simbolismo.
A proposta de Figueiredo busca representar de maneira mais direta e estilizada os elementos naturais que compõem a identidade da cidade, como o céu, o sol e a terra, destacando o conceito do “belo horizonte” que dá nome ao município.
APROVAÇÃO NA CÂMARA – Em julho de 2023, a Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou a Lei 11.559, que institui a nova bandeira. No entanto, a implementação da mudança dependia da aprovação do referendo popular, em cumprimento à Constituição Federal.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)