INFLAÇÃO
Inflação em BH e região metropolitana fecha em 0,63% em maio e fica acima da média nacional de 0,46%
Acumulado dos últimos 12 meses na RMBH (5,07%) também ficou acima da média no Brasil (3,93%); confira lista do que ficou mais caro e mais barato neste mês
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou alta de 0,63% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em maio deste ano. O número é superior à média nacional, que foi de 0,46% no mesmo período. Já a variação acumulada em 12 meses foi de 5,07% na RMBH, o maior resultado entre as áreas de abrangência da pesquisa, e de 3,93% no Brasil. Os dados foram revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11).
Em maio, o setor de transportes (1,52%) foi o que teve maior variação e a gasolina (4,34%) provocou o maior impacto individual no índice. “BH foi a capital do Sudeste onde a gasolina mais aumentou neste mês”, aponta Diogo Santos, economista do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).
A gasolina é um dos itens com maior peso no cálculo da inflação e provocou o maior impacto individual positivo no índice em maio: 0,23 ponto percentual (p.p.). Ainda no grupo transportes, ainda houve registro de aumento de 9,75% nas passagens aéreas e 7,72% no etanol.
Em relação à alta acumulada nos últimos 12 meses na RMBH, superior à média nacional, o especialista explica que fatores regionais ajudam a esclarecer este cenário.
“Tivemos reajuste no preço das passagens municipais e da região metropolitana. Também houve aumento na tarifa da Cemig, o que não impacta outros estados. Além disso, quando faltam itens por aqui, por questões climáticas ou diminuição na produção, eles precisam ser trazidos de regiões mais distantes e isso afeta os preços. Foi o caso da banana há alguns meses.”
Quem ganha menos sente mais
Na lista de subitens que mais tiveram alta em maio na RMBH estão a batata inglesa (18,78), passagens aéreas (9,75) e o alho (8,55). “A inflação sempre acaba impactando mais as pessoas de menor renda, que precisam gastar a maior parte do seu dinheiro com itens básicos”, explica o economista.
No entanto, apesar da alta da inflação acumulada no último ano, o especialista aponta que ela continua dentro do que foi definido pelo Conselho Monetário Nacional.
“A meta é de 3% com teto de 4,5% para 2024. Continuamos dentro da margem esperada para o Brasil, diferentemente do que aconteceu durante a pandemia e nos primeiros anos posteriores.”
Rankings dos subitens em maio
10 maiores elevações de preços:
- Batata-inglesa (18,78)
- Passagem aérea (9,75)
- Alho (8,55)
- Melancia (8,27)
- Etanol (7,72)
- Manga (7,22)
- Maçã (6,89)
- Cigarro (6,32)
- Leite longa vida (5,77)
- Arroz (5,03)
10 maiores reduções de preços:
- Banana prata (-31,74)
- Banana d’água (-13,30)
- Laranja pera (-13)
- Laranja lima (-11,71)
- Tomate (-11,68)
- Feijão carioca rajado (-7,66)
- Mamão (-4,76)
- Colchão (-3,99)
- Brócolis (-3,44)
- Mandioca/Aipim (-3,38)