ELEIÇÕES

Mesmo após anúncio de união, Bella e Rogério mantêm pré-candidaturas

Reunião nesta quinta-feira (20) pode selar união das siglas para a disputa de outubro

Mesmo após anúncio de união, Bella e Rogério mantêm pré-candidaturas
Publicado em 18/06/2024 às 11:17

Com a proximidade das convenções eleitorais, que podem ser realizadas de 20 de julho a 5 de agosto, pré-candidatos da esquerda negociam apoio mútuo, com o sonho de uma união do campo progressista ainda para o primeiro turno das eleições municipais em Belo Horizonte. Contudo, mesmo com alianças praticamente encaminhadas, as pré-candidaturas já colocadas à mesa continuam as mesmas, pelo menos por enquanto. É o caso de Bella Gonçalves (PSOL) e Rogério Correia (PT), que, mesmo tendo anunciado uma união, mantêm seus nomes na disputa.

Segundo o próprio deputado federal Rogério Correia informou, PT e PSOL marcaram uma reunião para a próxima quinta-feira (20), com objetivo de decidir se haverá união das pré-candidaturas. Não será debatido, entretanto, sobre quem será cabeça de chapa e quem sairá como candidato a um vice para a PBH. 

Uma fonte do PT, porém, afirmou à coluna que as conversas internas são de que as legendas devem manter ambas pré-candidaturas até as convenções, para tomar uma decisão apenas quando necessário: “Até lá, tudo pode acontecer, não temos definição”, diz.

Ainda sonhando com uma unidade da esquerda no primeiro turno, o PT não desistiu de negociar uma aliança com o PDT, que tem como pré-candidata a deputada federal Duda Salabert. Esta, por sua vez, anunciou uma aliança com a deputada estadual Ana Paula Siqueira, pré-candidata pela Rede Sustentabilidade. Segundo as parlamentares, as pré-candidaturas de ambas estão mantidas e elas estariam “unindo as propostas”.

PT e Fuad

Enquanto Rogério Correia tenta uma aliança com o PSOL e PDT, alguns petistas ainda têm a expectativa de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar apoio do partido à reeleição do prefeito Fuad Noman (PSD). Isso, porque existem, no secretariado de Fuad, muitos nomes da federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB).

O problema é que, enquanto algumas fontes internas do PT e outras que acompanham os bastidores da negociação garantem que ainda existe uma conversa com PSD, há quem descarte completamente a ideia. “A tese de união do PT e PSD não está descartada. Muito se fala em pesquisas. As últimas não são favoráveis ao PT e teria risco de ter duas candidaturas da direita no segundo turno”, destacou uma fonte de dentro do PT. 

Rogério Correia, Bella Gonçalves e Ana Paula Siqueira negam que haja expectativa de uma união da esquerda com o PSD. “O PSD já fez a sua opção junto com o União Brasil, será uma aliança de centro-direita”, disse Correia. “Eu vejo sendo menos provável uma união com Fuad, porque a gestão do prefeito teve muitas falhas”, declarou Ana Paula Siqueira. 

“Uma união com o PSD acho improvável, porque o prefeito não abriria mão de ser cabeça de chapa. Nós do PSOL não concordamos com a unificação em nome do prefeito”, afirmou Bella. Duda Salabert foi procurada para comentar o assunto, mas não retornou o contato.