NA BRONCA

Milito evita comentar expulsão de Hulk, do Atlético, mas pede revisão na arbitragem: “Só existe aqui”

Técnico do Atlético, Milito não entra no mérito se expulsão de Hulk foi merecida, "até para não soar como desculpa", mas pede revisão na arbitragem brasileira

Milito evita comentar expulsão de Hulk, do Atlético, mas pede revisão na arbitragem: “Só existe aqui”
Publicado em 18/06/2024 às 11:03

Após a derrota de 4 a 0 do Atlético para o Palmeiras, nesta segunda-feira (17), na Arena MRV, pela nona rodada do Brasileirão, o técnico Gabriel Milito evitou comentar o lance que resultou na expulsão de Hulk, ainda no primeiro tempo da partida, mas pediu que a arbitragem brasileira, de modo geral, seja revista.

“Hoje, no futebol profissional, de elite, ainda mais contra uma equipe contra o Palmeiras, é muito difícil (jogar com um homem a menos). Nossa equipe joga bem, tem bons jogadores, como já demonstrou. Mas 11 contra 11. 11 contra 10 é difícil. Infelizmente não se pode ver o jogo que nós imaginávamos. Basicamente em função de termos um jogador a menos”, iniciou o treinador do Galo.

“Logicamente tenho minha opinião sobre arbitragem, não só desse jogo. Mas depois desta derrota, falar da arbitragem pode soar como desculpa. Então não quero cair nisso. única coisa que posso falar é que o jogo é dos futebolistas. O protagonismo é para os jogadores, não para a arbitragem”, acrescentou.

Com a experiência de já ter atuado em outros mercados, Milito afirmou que no futebol brasileiro a arbitragem tem ‘exagerado’, inclusive no que diz respeito à distribuição de cartões amarelos e vermelhos.

“Acho que não há lugar em que haja tanto cartão, tanto dentro de campo quanto para as comissões e banco de suplentes como na Liga Brasileira. Isso não existe. Só existe aqui. Em todos os jogos acontece o mesmo: cartão pra cá, cartão pra lá, cartão para o banco”, lamentou.

Milito disse que no lance em que ele mesmo foi advertido, a arbitragem se equivocou. “Hoje ele me deu o cartão quando estava reclamando com um jogador meu. Ele interpretou que era para ele”.

Por fim, o treinador do Atlético fez uma espécie de desabafo: “A torcida paga a entrada para ver sua equipe, não para ver a arbitragem. Numa liga de elite, como é o Brasileiro, creio, na minha humilde opinião, que isso precisa ser revisto”, finalizou.

Árbitro da partida, o pernambucano Rodrigo José Pereira de Lima teve atuação muito criticada pelos jogadores, comissão técnica e diretoria do Atlético.