Paulo Brant (PSB), que é pré-candidato a vice-prefeito na chapa com Gabriel Azevedo (MDB), não se mostrou preocupado com o baixo desempenho de ambos nas recentes pesquisas de intenção de voto. Pelo contrário, Brant disse acreditar que o desconhecimento pode ser uma vantagem no momento, já que os eleitores de Belo Horizonte tem se mostrado indecisos, mesmo com nomes conhecidos na disputa.

Na última pesquisa DATATEMPO divulgada (registro no TSE  MG-06115/2024.), no início de junho, Paulo Brant, que na época da apuração ainda se colocava como pré-candidato à prefeitura, ficou em último lugar, com apenas 0,8% das intenções de voto. Gabriel ficou antepenúltimo com 1,7%, a frente apenas de Paulo Brant e da pré-candidato do Novo, a ex-secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto. 

“Esse percentual de desconhecimento da chapa pode ser um ponto positivo, porque há um espaço grande e as pesquisas têm mostrado isso, com a indefinição. A maior parte da população não se definiu ainda. Alguns candidatos são hiper conhecidos, já participaram de eleições, são apresentadores de TV, então o fato de a gente ser mais desconhecido pode ser um potencial de crescimento à medida que a população se interessar pela eleição”, declarou Brant. 

O pré-candidato à vice-prefeitura destacou, ainda, que tem sentido um desinteresse da população pelas eleições. Para ele, o pleito ainda não é assunto na cidade, e tudo pode mudar com o início da campanha, trabalhos de divulgação nas redes sociais e propaganda gratuita na televisão. 

Fuad Noman é “tecnocrata”

Sobre o atual prefeito da Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), visto como um dos principais adversário políticos de Gabriel Azevedo, Paulo Brant não fez muitas críticas. Para ele, Noman é “uma boa pessoa”, mas “um prefeito muito tecnocrata”. Brant avaliou, ainda, que o desconhecimento do próprio chefe do executivo pode ser uma vantagem para outros candidatos nas eleições:

“É um pouco surpreendente o desconhecimento do Fuad Noman, porque o atual prefeito já está no posto há mais de um ano, é um tempo razoável e suficiente para que ele fique mais conhecido. A impressão que a gente tem é que o prefeito não conseguiu inspirar a população, a despeito de ele estar no poder há mais de um ano”.

Elogios a Gabriel Azevedo 

Já sobre seu parceiro de chapa, o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo, Paulo Brant fez diversos elogios. Ele destacou que os dois possuem divergências no modo de fazer políticas, mas têm “fundamentos” similares. 

“Apesar de a gente ter estilos diferentes, temos muita afinidade naquilo que são os fundamentos da política e da gestão pública, e a gente conversa há longo tempo, posso dizer que somos amigos. Esse encontro foi algo absolutamente natural, no sentido de que a gente tem, sobre os problemas centrais da política e de Belo Horizonte, muita afinidade”.