BRASÍLIA – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, antecipou que a reforma ministerial pode ser feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes do dia 21 de janeiro. Segundo o ministro, o objetivo é “aperfeiçoar a gestão”. 

“O presidente quer aperfeiçoar gestão, quer fazer eventuais mudanças. Tem uma reunião ministerial no dia 21. Se o presidente decidir, [a reforma] pode ser feita antes da reunião”, afirmou Costa, em entrevista a Globonews, nesta quinta-feira.

“O presidente ainda não decidiu sobre as mudanças (nos ministérios). Está em fase de reflexão”, disse Rui Costa. Ele acrescentou também que a troca na Secretaria de Comunicação “se dá ao fato de o governo estar entrando em uma nova fase da gestão. É como se estivesse terminando o 1º tempo e estivéssemos entrando no 2º tempo”.

O ministro comentou também sobre a eleição dos presidentes do Congresso, marcadas para o início de fevereiro. Ele afirmou que o presidente Lula orientou os ministros “a não interferirem na eleição da Câmara e do Senado”. 

“A expectativa é de que tenhamos diálogo e manter o ritmo de aprovação das medidas que atendem à população, para melhorar a vida do povo brasileiro”, acrescentou. 

Na eleição da Câmara, o PT apoia o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), também apoiado pelo PL de Jair Bolsonaro. No Senado, o nome de consenso é Davi Alcolumbre (União-AP).

Mudanças na Esplanada começaram pela Comunicação

A reforma ministerial já começou a ser anunciada nesta semana. Na terça-feira (7), Paulo Pimenta confirmou sua saída do comando da Secretaria de Comunicação da Presidência da República e a nomeação de Sidônio Palmeira para seu lugar. Pimenta entrou oficialmente de férias.

Na semana que vem, assume Palmeira, que é publicitário e esteve à frente da campanha de 2022 do presidente Lula (PT).  

Em diversas ocasiões, Lula já havia criticado publicamente a comunicação do governo e admitido erros. O petista reclamou que era necessário falar mais às pessoas, apresentar o programa do governo e as realizações que são feitas. 

Além das falhas na comunicação, o presidente tem o desafio de ampliar o espaço na Esplanada dos Ministérios para aliados. Um deles é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é cotado para os Ministérios da Justiça ou Minas e Energia.