O candidato do Republicanos à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Mauro Tramonte, avaliou, nesta terça-feira (3 de setembro), que o déficit de médicos na rede municipal de saúde se dá pela ausência de atrativos na carreira. Ao lado da candidata a vice-prefeita Luísa Barreto (Novo), o deputado estadual visitou a UPA Oeste, no bairro Jardim América, nesta manhã. 

Tramonte prometeu que, se eleito for, irá ouvir a categoria e a Secretaria de Fazenda para tentar criar atrativos. “Nós temos que ter atrativos. A gente sabe que o salário não é essas coisas, porque muitos acabam indo para outros locais, abandonando (a rede municipal), porque sabem que não é atrativo”, defendeu o candidato à PBH. 

Sem entrar em detalhes, o deputado estadual argumentou que a prefeitura precisa oferecer “um salário bom” aos profissionais para mantê-los nas UPAs e nos centros de saúde. “Não é fácil você pagar um salário muito baixo para um médico, porque ele vai ver que não está rendendo pra ele”, apontou Tramonte.

O próprio prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), reconheceu que muitos médicos deixam a rede municipal de saúde em razão da ausência de um plano de carreira. “Se for eleito, vou criar a carreira de médicos em Belo Horizonte para ter progressão na carreira, para que ele saiba o futuro dele, como forma de tentar segurá-los. Enfermeiro e auxiliares de enfermagem têm carreiras, mas médicos, não”, disse em sabatina no último dia 20.

Tramonte voltou a defender a celebração de convênios com cooperativas e faculdades de medicina para suprir o déficit de médicos em Belo Horizonte. “Semana retrasada, por exemplo, a prefeitura dispensou três pediatras de UPAs. Uma mãe que vem e não tem médicos, o que ela vai fazer? Qual é a obrigação de um prefeito? Correr atrás de todas as maneiras para ter médicos”, alegou o candidato à PBH.