SEDE DO GOVERNO

Um mês após início de home-office na Cidade Administrativa, apreensão toma conta dos comerciantes

Por causa da interdição de elevadores, cerca de 7.000 servidores deixaram de frequentar o local; estabelecimentos sofrem com prejuízos

Um mês após início de home-office na Cidade Administrativa, apreensão toma conta dos comerciantes
Publicado em 11/06/2024 às 12:02

Um mês após a publicação do decreto que estabeleceu o home office a cerca de 7.000 funcionários da Cidade Administrativa, por causa da interdição de elevadores, o que se vê na sede do Executivo mineiro são espaços vazios e incertezas com o futuro. A reportagem esteve no local nesta segunda (10) e constatou um clima de apreensão por quem frequenta o local, além dos prestadores de serviço.

O local onde fica os restaurantes estão vazios. Segundo relatos de funcionários, o movimento caiu drasticamente. Em um dos estabelecimentos, três funcionários que trabalhavam em regime de CLT foram demitidos. “Há ainda os prestadores de serviço que trabalham como MEIs. Sem salário fixo, acabam que eles não vêm aqui porque teriam que arcar com alimentação, transporte e outros gastos. Então, como não há como eles terem renda, pararam de vir para cá”, disse uma comerciante. 

Ainda segundo ela, a oferta de produtos e serviços também foi afetada. “Nos restaurantes, as opções de almoço, café da manhã estão mais no básico, não tem mais aquela variedade que havia anteriormente. Realmente, é um cenário desolador. Os comerciantes estão segurando os estabelecimentos abertos, mas não sei como será, por exemplo, no mês que vem”, completou.

A reportagem procurou o governo de Minas para se manifestar sobre o impacto nos comerciantes, mas não houve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto. 

No dia 11 de maio, o governo publicou o decreto que estabeleceu os home-office a cerca de 7.000 funcionários. Isso aconteceu porque os elevadores foram interditados por questão de segurança até serem consertados. As obras devem começar em julho e devem ficar prontas até o fim de 2024, de acordo com a administração estadual. O contrato com a empresa responsável pelas intervenções foi assinado na sexta-feira (7). O valor previsto inicialmente é de R$ 2,5 milhões.  

A intervenção deve resolver parte dos problemas que se acumulam há 14 anos, desde que a Cidade Administrativa foi inaugurada, em 2010. Conforme a reportagem mostrou, o espaço, que custou R$ 1,2 bilhão, na época, não tem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB) até hoje e acumula episódios de falhas estruturais.

Tópicos